Resumo de 2025
Como já começa a ser quase impossível manter este blog sempre
atualizado como gostávamos, (devido às nossas agendas muito preenchidas com
projetos do Experiment’arte e projetos a solo que cada um de nós tem) assumo,
então, que ele passará a ser um repositório anual dos nossos projetos e
eventos.
Assim sendo, este ano tivemos apenas um espetáculo
poético-musical em cena, dado que os meus projetos a solo (especialmente o
semestral “Viagens no Tempo: oficina literária da memória”, para público de
idade maior, que se realizou nas Bibliotecas de Faro, Albufeira, Portimão,
Loulé, Lagos e na Fortaleza de Sagres, mas também os espetáculos “A luz e magia
de Sophia menina, para 2.º e 3.º ciclos e “Sophia íntima e transparente”, para
o Ensino Secundário, além da dinamização do Clube de Leitura da Bib. Municipal
de Olhão, a visita comentada ao chalet João Lúcio “Ali às voltas, João
Lúcio./ Aliás, voltas João Lúcio?”, o percurso literário “Olhão Encantado(r)” e
o Consultório Poético) exigiram de mim uma extrema dedicação e tempo.
Aproveito também para informar que, quem quiser seguir
regularmente a nossa atividade, pode fazê-lo espreitando o meu Facebook (tenho
2 e ambos estão sempre atualizados), através de uma rubrica a que chamei de
Agenda Literária Mensal. Eis o endereço eletrónico do meu Facebook principal: https://www.facebook.com/sonia.pereira.5680899 e do meu Facebook secundário: https://www.facebook.com/profile.php?id=100010453811184
E prometo-vos que, na pior das hipóteses, em 2026 (data em
que farei 25 anos enquanto profissional ligada à divulgação da Literatura) vos
oferecerei um site com as várias faces do meu trabalho, isto é, de diseuse
- no Experiment’arte -, mediadora de leitura, guia literária e terapeuta
poética.
Mas deixo-vos com a sinopse deste recital a que nos dedicámos
este ano, dedicado ao Ensino Secundário e público adulto:
Desconhecemos a fórmula da Felicidade,
mas sabemos que o Amor ajuda a construí-la...E sobre este tema, que é o
mais misterioso, explorado e infinito tema dos poetas desde sempre, organizámos
este recital, percorrendo vários registos, visões e épocas.
Sabemos bem que o Amor foge de
dicionários...Mas se o Amor é, como dizia Florbela Espanca, "...como Deus:
Princípio e Fim!", se ele é privilégio de maduros e se a vida é breve e o
Amor mais ainda, vale a pena escutá-lo melhor para que este seja "infinito
enquanto dure"(Vinicius de Moraes).
Lutando contra a natureza inclassificável do Amor, este espetáculo apresenta-se, então, também como um guia poético contra a desesperança neste sentimento maior.
E eis algumas fotos das apresentações de “As sem-razões do
Amor”:
- no dia 27 de fevereiro, pelas 10h30 e 15h30, na Bib. Mun. de Olhão, para jovens do Ensino Secundário;
- no dia 6 de abril (para comemorar o dia de aniversário da instituição), pelas 18h30, na Bib. Mun. de Almodôvar
Terminaremos o ano ainda com mais duas sessões deste
espetáculo, desta feita no dia 31 de out., pelas 18h30, na Bib. Mun. de Tavira,
e no dia 4 de dez., pelas 17h30, na Biblioteca Municipal de Faro, para
assinalar o 20.º aniversário do seu Clube de Leitura, pelo que felicitamos,
desde já, a bibliotecária Cláudia Matos, que coordena desde sempre o grupo,
pela perseverança e criatividade neste bonito caminho coletivo.
Sei que
ainda é cedo para vos desejar umas Festas Felizes, com leituras cheias de saber
e sabor, mas também me parece que nunca é demais fazê-lo, pelo que aqui ficam
os nossos desejos sinceros, sobretudo de paz, saúde, amor e muitos mimos e
surpresas boas. E o poema que vos dedicamos é aquele de mais nos lembrámos
durante todo este ano, ou seja,
Ode à Paz
Pela
verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos actos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,
Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exactidão das rosas, pela Sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!
Natália Correia, in "Inéditos (1985/1990)"
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